CEAPIP
Consiste no processo de interação entre o assessor pedagógico e o docente, que voluntariamente solicita o diálogo, com vistas à construção de soluções conjuntas para as dúvidas e os desafios identificados pelo docente no desenrolar da sua prática pedagógica, respeitando as culturas disciplinares, de formação e de atuação dos docentes e os contextos institucionais;
Requer mútua disponibilidade (do assessor e do assessorado) para participar do processo de assessoramento de forma colaborativa, horizontal e respeitosa integrando as dimensões do pensar, sentir e agir dos envolvidos;
Concebe todos os envolvidos, assessor e assessorado, como portadores de saberes e competências fundamentais para a investigação e a compreensão dos problemas da prática pedagógica na universidade com o intuito de viabilizar a inovação educativa e de promover o desenvolvimento profissional docente.
Considerada como processo de aprendizagem e de desenvolvimento pessoal e profissional docente, o que implica mudança de representações, concepções, atitudes e práticas pedagógicas, portanto, pressupõe implicação, engajamento, vontade e desejo dos sujeitos que se envolvem nessa formação;
A sua condução necessita garantir congruência com o tipo de educação que se propõe que os docentes empreendam junto aos estudantes universitários;
Aposta na interação do grupo, no qual ocorre, por entender que relações interpessoais amistosas, solidárias e de reconhecimento mútuo são condições, mas também são conteúdos de aprendizagem docente, na medida em que é esperado que os docentes sejam capazes de promovê-las em suas salas de aula;
Independente da modalidade adotada, a formação político-pedagógica assume como eixo a problematização e a reflexão sobre aspectos diversos da docência universitária, oportunizando uma relação dialética entre a teoria (do campo educacional, em especial da Pedagogia Universitária) e a prática docente (no contexto da formação de profissionais desenvolvida na universidade); o desenvolvimento de competências cognitivas e socioafetivas e de atitudes e valores contra qualquer tipo de discriminação fundamentais para assegurar a inovação pedagógica;
Contempla uma multiplicidade de formas e estratégias como: palestras, seminários, oficinas, tutorias, programas de rádio e TV e cursos de capacitação de curta e média duração, na modalidade presencial e por mediação tecnológica, bem como cursos de pós-graduação lato e stricto sensu sobre docência universitária e inovação pedagógica.
Visa fortalecer a docência universitária como campo de estudo e contribuir para a ampliação do conhecimento e para a produção de soluções inovadoras aos problemas vivenciados pelos docentes na condução do processo de ensino-aprendizagem na universidade;
Se configura como um trabalho criativo, movido pela vontade de compreender, de elucidar, de descobrir nexos entre fenômenos, de confrontar perspectivas, de encontrar soluções para problemas concretos, dessa forma, a sua realização se configuratambém, como experiência formativa;
Parte da compreensão de que as realidades não existem ‘objetivamente’, são representações construídas pelas pessoas, em decorrência da confluência de uma série de fatores sociais e culturais;
Se apoia numa concepção de conhecimento como socialmente produzido, situado historicamente e que ultrapassa dicotomias como: entre sujeito-objeto, natureza-cultura, objetivo-subjetivo, quantitativo-qualitativo, ciências naturais -ciências sociais;
Aposta essencialmente no paradigma construtivista, interpretativo ou hermenêutico que se apoia em uma ontologia relativista e em uma epistemologia que contempla a subjetividade no processo investigativo;
Envolve ações como: problematização e construção de problema; definição de objetivos e questões de pesquisa; elaboração de referencial teórico; escolha de método e estratégias de obtenção dos dados coerentes com os objetivos da pesquisa; construção dos dados; análise dos dados construídos; discussão e divulgação dos resultados em publicações e eventos;
Desenvolve estratégias de incentivo e apoio à criação de grupos e de projetos de pesquisa, intra e interdepartamentais, sobre aspectos diversos da docência universitária a exemplo de: competências cognitivas e sociais dos estudantes relacionadas ao perfil do profissional objeto da formação e estratégias para seu desenvolvimento; dificuldades de aprendizagem; implicação, protagonismo e autonomia dos estudantes; concepções e práticas de avaliação da aprendizagem; gestão da sala de aula como grupo; subjetividade dos estudantes no processo formativo; e
Investe na organização de eventos de socialização de resultados de pesquisas e de relatos analíticos das práticas pedagógicas inovadoras na universidade, bem como na organização e disseminação de publicações, digitais e/ou impressas, sobre temas diversos relacionados à docência universitária.